sábado, 2 de dezembro de 2017

Origem do racismo


Provavelmente você deve ter visto nos meios de comunicação a publicação do vídeo da socialite americana Day McCarthy no qual faz comentários racistas à Titi de 3 anos, filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. 
Mas já se perguntou desde quando existe o racismo? Para responder à essa pergunta, vamos explicar um pouquinho mais sobre essa história.

O termo racismo vem do latim ratio, que significa categoria ou espécie. A partir de então, a distinção racial serviu para que certos cientistas defendessem a idéia de que existiam raças “melhores” e “piores”. No século XVIII, as distinções raciais se limitavam à cor da pele, dividindo os grupos humanos entre as raças negra, branca e amarela.
Já no século XIX, médicos e antropólogos, usaram de seus conhecimentos para elaborar doutrinas raciais, que consistia em medir o tamanho do crânio de indivíduos de “raças” diferentes. Crânios maiores supostamente comportavam mais massa cerebral, eram indicativo de superioridade racial.
Muitos cientistas baseavam-se na teoria darwinista da seleção natural e evolução das espécies e acreditavam que as mesmas leis aplicáveis à evolução dos seres vivos eram também válidas para descrever uma hierarquia das civilizações, sendo as mais fortes as construídas por raças superiores. Assim o racismo ganhou um significado não estritamente biológico, mas sim para defender a associação entre certos valores morais e estados psicológicos e uma raça.
Esses conceitos ganharam força na Europa no século XIX, quando estava ocorrendo o processo de colonização dos continentes africano e asiático. O predomínio do “homem europeu branco” seria justificado por meio de uma pseudo-ciência defensora da necessidade de se civilizar as chamadas “raças indolentes”.





Paralelamente, outras teorias defendiam o aprimoramento moral dos homens pela manutenção de uma raça pura e a aversão às misturas raciais, foi nesse contexto de idéias que as teorias raciais de Adolf Hilter e do nazismo buscaram justificação. Em regimes como este, desenvolveu políticas de extermínio de “raças inferiores” (os judeus, negros e ciganos), para que a raça “ariana” pudesse chegar a sua hegemonia. O apartheid entre negros e brancos, ocorrido na África do Sul, pode ser considerado como um fruto direto das teorias racistas.
No Brasil, acredita-se que o surgimento do racismo começou no período colonial, quando os portugueses chegaram e tiveram dificuldades em escravizar os primeiros habitantes que haviam aqui, os índios, usaram  então os negros para servirem de escravos nos engenhos de cana-de-açúcar, vindos principalmente da região africana. Eles possuíam uma ideia errônea de que os negros e os índios eram "raças" inferiores, mais fortes e resistentes e passaram a aplicar a discriminação com base racial nas suas colônias, para assegurar determinados "direitos" aos colonos europeus.

A Igreja Católica que nesse tempo detinha muito poder, não interveio contra a escravidão, pelo contrário, acreditava que os trazendo da África para o Brasil seria mais fácil cristianizá-los. A idéia de "sangue-puro" também provém desse tempo, em que os nobres de pele pálida com as veias a mostra, se achavam superiores aos de pele escura.


 Hoje, o racismo é considerado discriminação social. No Brasil é crime previsto na Lei n. 7.716/1989, inafiançável e quem cometeu o ato racista pode ser condenado mesmo anos depois do crime.






Isabela Inoue e Letícia Ceron.