segunda-feira, 22 de abril de 2013

O mercado de trabalho na odontologia - dificuldades e facilidades



Olá pessoal! A postagem desta semana é referente a um assunto muito pensado e discutido em nossa área de trabalho. Resolvemos destacar um artigo que diz bem a respeito sobre as nossas dificuldades e facilidades encontradas em nossa formação.

A Odontologia Brasileira na atualidade requer um pouco de reflexão. Com um total de 157.716 mil cirurgiões-dentistas existentes no país, a lei da oferta e da procura está em desalinho. Ano após ano um número maior de profissionais oriundos das faculdades e universidades são despejados num mercado de trabalho já saturado, que não comporta o excessivo número de profissionais.
Para efeito de análise quantitativa, em dezembro de 1996, existiam 90 cursos de Odontologia, formando uma média de 8,5 mil profissionais/ano. Hoje este número saltou para 130 cursos, diplomando, em média, 11,2 mil profissionais/ano.
Há várias razões para justificar essa aglomeração de dentistas na região sudeste. Quando falamos na quantidade de escolas odontológicas pelo Brasil não é só a área odontológica que enfrenta esse problema. Na região sudeste também se encontram a maior parte das faculdades de todo o país. E como o padrão para todas as áreas os profissionais não podem mais apenas se formar e trabalhar a vida toda. O profissional de hoje precisa sempre estar se atualizando e caminhando junto com a tecnologia e por isso tem que estar, se não junto, sempre em contato com escolas e cursos.
Noutra forma de se pensar, há uma justificativa para tal concentração de profissionais na região dita saturada. Se obtivéssemos um gráfico da concentração de renda por região ou por estado, onde estaria concentrada a maior parte da renda do país? Esse é o outro lado da moeda, é lógico que onde se tem mais dinheiro, tenha também mais profissionais dispostos a trabalharem por isso. Quanto ao mercado nas outras regiões, há sim um número menor de profissionais por habitante, mas provavelmente a quantidade de pessoas que podem pagar por um tratamento de qualidade também é menor.
E ainda assim, há muitos municípios dentro dos estados da região sudeste carentes de dentistas. Entendendo a odontologia como uma empresa, o profissional não pode mais dar as mãos à sorte e abrir um “negócio” em qualquer lugar sem antes fazer uma pesquisa de mercado, traçar o perfil dos pacientes, enfim, traçar metas.
Continuando na mesma linha de raciocínio, pensando em odontologia como empresa e quando se fala em 5 primeiros anos é o que se tem para todas as empresas emergentes no mercado. No mercado empreendedor 5 anos é considerado o deadline das empresas. Isso significa que, se uma empresa consegue resistir aos 5 primeiros anos de funcionamento, caem mais da metade do risco de falência. Novamente as metas são importantes para que se possa ultrapassar essa então deadline.
Falando em salário, ganho financeiro, quanto é razoavelmente baixo? Receitas para um recém formado e recém empreendedor são realmente difíceis e deve-se estar preparado para para tempestades no orçamento, fluxo de caixa e dinheiro para poder ultrapassar estações ruins são vitais para qualquer empresa. Na odontologia oferecemos serviços, entre outras palavras, mão-de-obra. Lutamos contra o tempo e tempo é dinheiro. Sendo assim, nos deparamos com um teto de produção, que dependerá do seu estilo de vida desejado. Por mais que se possa subir o preço, o número de pacientes que poderão pagar por isso é inversamente proporcional. Então temos que nos preparar para empreender. MBA e administração são realmente úteis.


Montar um consultório é caro? O investimento é grande? Na verdade, o maior investimento já foi feito, formamos, compramos inúmeros materiais , kit acadêmico, fotopolimerizador, articulador semi-ajustável e isso nem é nada. E os anos de faculdade? Quatro, cinco, seis anos de estudos, esse sim foi o nosso maior investimento.


 Existem opções na rede pública,consultório próprio,carreira na saúde militar,gestão em saúde pública. 
Além disso, estudos divulgados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) salientam que o número mínimo aceitável de dentistas por habitante é de um para 1.200 habitantes.
Seriam necessários cerca de 100 mil cirurgiões-dentistas atuando no SUS para atender às necessidades de saúde bucal desses 120 milhões de habitantes excluídos. E o que temos hoje, em oferta através do SUS, em todo o Brasil, gira em torno de 25 mil cirurgiões-dentistas.Ou seja a saturação de dentistas é temporária enquanto o governo não investe na saúde bucal dos brasileiros,pois quando for necessário um boa cobertura de cirurgiões dentistas o mercado de trabalho para os dentistas sofrera uma grande melhora.


                                                                                                                        Murilo Pimenta e Alex Sandro

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