terça-feira, 18 de agosto de 2015

Coluna Científica

Resinas Compostas BULK FILL

Olá pessoal, na coluna científica dessa semana vamos falar sobre um assunto que foi tema do Seminário Odontológico das Petianas Natália Kido e Amanda Mazuquini, e que vale a pena ser compartilhado com todos vocês.

O assunto de hoje é sobre um novo grupo de materiais, denominados de “Bulk Fill” que nada mais são que resinas compostas que podem ser utilizadas em uma única camada de 4 mm de espessura. Uma das grandes preocupações da Odontologia, desde seu início, foi a de encontrar um material restaurador que, além de restabelecer a função do elemento dental, apresentasse adequada resistência à abrasão, boa adaptação marginal, biocompatibilidade e que reproduzisse a cor natural dos dentes. E assim surgiu as resinas compostas, que atendiam a todos esses requisitos. Porém durante a contração de polimerização da resina composta podem ocorrer algumas falhas como: falhas na interface dente-restauração, com a formação de fendas marginais e posterior microinfiltração, aparecimento de cáries secundárias, degradação marginal da resina composta,fraturas coesivas no esmalte, além da sensibilidade pós operatoria. Para tentar minimizar essas falhas surgiram algumas técnicas, como por exemplo, a técnica dos incrementos, amplamente utilizada atualmente, em que a resina é colocada na cavidade em pequenos incrementos que são pouco a pouco polimerizados. Em 2004 surgiram as novas resinas, denominadas “bulk fill” que prometiam realizar a restauração em um único incremento.

O que mudou da resina composta comum para a Bulk Fill?

1. Moduladores de polimerização: são substâncias químicas adicionadas nas resinas compostas que conseguem diminuir ou fazer com que as tensões geradas pela polimerização ocorram de modo mais controlado, evitando que o stress gerado seja liberado de uma só vez, minimizando os danos.

2. Fotoiniciadores específicos: alguns fabricantes informam o uso de fotoiniciadores com maior e melhor sensibilidade à ação da luz do aparelho fotoativador. A fotopolimerização varia de 10-20 segundos dependendo da marca. Mesmo assim, não há redução no índice de polimerização, ou seja, todo o incremento resinoso sofre polimerização.
3. Aumento de translucidez: com isso, a luz passa mais facilmente pela resina e consegue atingir áreas mais profundas.
4. Partículas de carga alteradas: alguns tipos de partículas de carga modificadas estão sendo usadas tanto para facilitar a passagem da luz quanto minimizar a tensão gerada pela contração de polimerização. Alguns fabricantes citam o uso de partículas de carga que funcionariam como “molas microscópicas” que minimiza os efeitos negativos da contração. 
Vantagens: Contração e tempo clínico reduzidos(excelente recurso para a odontopediatria, a odontogeriatria, pacientes especiais), melhor qualidade da restauração, custo acessível, baixa tensão de contração de polimerização, permite devolver de uma única vez o volume total da dentina ou do esmalte e possui propriedades mecânicas que a tornem passível de receber cargas mastigatória de modo direto ou indireto.

Desvantagens: A desvantagem é a carência de estudos com grande follow up, ou seja o sucesso da bulk fill só sera confirmado daqui alguns anos, com estudos que mostrem acompanhamentos maiores.





Bom, é isso galera! Esperamos que tenham gostado do tema de hoje. Deixem comentários com suas opiniões sobre o assunto, isso pode enriquecer ainda mais esse post e quem sabe gerar discussões com assuntos pertinentes para publicações futuras.  

Tatiani Justt, Andressa Mioto e Murilo Pimenta


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